Dias atrás, me questionei sobre o que aconteceria com um jovem pobre e negro na vida real, sem câmeras, caso fosse estigmatizado publicamente e sistematicamente por duas mulheres ricas e brancas, como ocorre no BBB.
A resposta veio rapidamente. Assisti na denúncia de um outro jovem pobre e negro que foi espancado pelos brot... (ops! Ato falho.).. pelos seguranças de um camarote de evento. Ele teria sido apontado, erroneamente, como ladrão de celular.
Esta comparação pode explicar para aqueles que rotulam tudo como "mimimi" o motivo da indignação em relação à suposta permissividade do BBB em relação a comportamentos abjetos de seus participantes.
Não sei se seria intencional. Não gostaria que um reality show se tornasse entretenimento à custa da desumanização de um ser humano, em uma versão degradante da jornada do herói.
Não se trata de uma novela ou ficção, onde se busca audiência fazendo com que os protagonistas sofram, mas garantindo que viverão felizes para sempre no final.
Ali não há atores nem roteiro decorado. Envolve pessoas reais com problemas e reações genuínas, cuja saúde mental pode ser afetada e que um dia podem ter reações graves.
Não é a primeira nem a única vez que isso acontece. E jogar "cristãos" aos leões em um coliseu para entreter as massas não pode ser tolerado nos dias de hoje."
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